Atrativo natural, a gruta indígena, situada na localidade do Caemborá e descoberta em 1968 pelos padres Pivetta e Cargnin, foi estudada posteriormente no ano de 1972 pelos professores José Proença Brochado e Pedro Inácio Schimtz, que concluíram ter sido os sinais gravados na gruta através de picotamento, raspagem e polimento. Na época, os polidos apresentavam (hoje são todos brancos) pigmentação de cor preta, verde e outras. Nas gravuras destacam-se pegadas de felinos e aves, sulcos circulares com perfuração no centro, sugerindo símbolos sexuais femininos, sulcos paralelos e verticais, sugerindo cercas, cortes e perfurações isoladas ou alinhadas, e outras. Encontrou-se na gruta também instrumentos lascados, machados polidos no gume, precursores, raspadores, bola de boleadeira com sulcos, trituradores, fragmentos de cerâmica tupi-guarani, e outros, muitos levados a museus de Porto Alegre, São Leopoldo (UNISINOS) e para o Patronato Agrícola de Santa Maria. Com as datações realizadas nos Estados Unidos, provou-se a existência de homens na gruta do Caemborá mais ou menos 1.100 A.C., sucessiva habitação por volta de 750 anos D.C., e posterior presença dos guaranis a partir de 1.100 de nossa era. Tudo indica que essas ocupações teriam ocorrido por pequenos grupos de caçadores e coletores nômades, temporários e posteriormente por grupos horticultores tupis-guaranis.